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Presidente da CAAB participa de negociação durante pânico na Unijorge

Luiz Coutinho grupo de negociadores

Uma das salas da Unijorge foi usada com centro de comando pelos negociadores


 
Durante cerca de quatro horas, na tarde deste domingo, 24/07, o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Estado da Bahia (CAA-BA), órgão da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Bahia, Luiz Coutinho, participou das negociações entre integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Polícia Militar, e Frank Oliveira da Costa, candidato ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que ameaçava cometer um atentando fazendo parecer que tinha explosivos preso ao corpo. Apesar do tumulto gerado no Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), na Avenida Paralela, as negociações surtiram efeito, descobriu-se que Frank não carregava artefatos e ele acabou se entregando à polícia. Não houve feridos.
“Fui procurado para ajudar nas negociações, uma vez que Frank cobrava a presença de um advogado e um juiz. Diante dos boatos que circulavam nas redes sociais, de que o rapaz portava explosivos, qualquer pessoa pensa duas vezes. Mas aceitei, encarei como maia um desafio, ficando satisfeito com o desfecho”, disse o presidente da CAAB ressaltando que se sensibilizou com a postura adotada por Frank da Costa, o qual se mostrou visivelmente perturbado mentalmente. “Quantos Frank existem por esse Brasil a fora?”, questiona Luiz Coutinho, acrescentando que também esteve no local como presidente da Caixa de Assistência, pois ali estavam cerca de três mil possíveis futuros advogados, os quais acabaram sendo prejudicados uma vez que as provas foram suspensas.
Para Luiz Coutinho, outro fato importante foi a presença no local do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Bahia, Luiz Viana. “A ida do presidente da OAB à Unijorge mostra sua preocupação com quem realizava o Exame, afirmando a posição de protagonista da Ordem nesta quadra histórica, ainda que não sejam advogados inscritos e sim bacharéis em direito”, disse o presidente da CAAB.

BOPE E JUIZ FEDERAL – “Fiquei orgulhoso pela atuação profissional e humana do integrantes do BOPE durante toda a negociação. Os policiais mostraram alto preparo, amparados por equipamentos com tecnologia de ponta, e discernimento para tratar a questão da vida humana”, destaca Luiz Coutinho, acrescentando que o rapaz teve sua vida e integridade física, preservadas. “E olhe que isso ocorreu em uma situação de extrema complexidade, uma vez que Frank fazia parecer estar com explosivos presos ao corpo e que poderiam ser acionados a qualquer momento. O pessoal do BOPE soube conduzir e resolveu o problema.
Luiz Coutinho também elogiou a atuação do juiz federal Durval Neto, que mesmo estando em casa aceitou o pedido feito pelos integrantes do BOPE para se dirigir até a Unijorge, onde ouviu as exigências de Frank e ajudou nas negociações. “Eu e o juiz fomos contemporâneos no Colégio Militar de Salvador. Fiquei realmente contente em verificar que as nossas lições de vida, da infância, perpertuaram-se até os dias atuais”.
PIADAS LAMENTÁVEIS – Um fato foi considerado lamentável pelo presidente da CAAB. “Infelizmente, em situações críticas como essa, onde vidas humanas poderiam estar sob alto risco, algumas pessoas ignoram isso e passam a fazer piadas e brincadeiras descabíveis por meio das redes sociais”, concluiu Luiz Coutinho.