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 OAB-BA e CAAB apoiam ‘Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres’

Engajadas na luta contra a violência contra as mulheres, a OAB-BA e a CAAB apoiaram a terceira edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, realizada na manhã deste domingo (08/12), com saída da Praia do Jardim de Alah em direção ao Jardim dos Namorados. O evento ocorreu em mais 26 cidades brasileiras e algumas localidades fora do país. A caminhada é uma ação pelos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e foi organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil. No local a Caixa de Assistência montou tendas e forneceu água gelada para combater o forte calor.

Ana Clara de Carvalho Polkowski

“É muito importante o apoio da OAB-BA e CAAB ao movimento, porque a integridade física, o bem-estar das mulheres é um direito igual ao dos homens. A OAB é a nossa grande guardiã dos direitos no país e a gente fica muito honrada, enquanto Grupo Mulheres do Brasil, de ver esse grande engajamento da Ordem. A violência contra a mulher não é um problema só da mulher. É um problema da sociedade, que mostra que está doente a partir do momento em que acha normal e que banaliza a agressão contra a mulher”, disse a advogada Ana Clara de Carvalho Polkowski (OAB-BA 18.478), uma das organizadoras da caminhada.

Ela também falou sobre o crescimento dos casos de feminicídio no país. “Eu, particularmente, vejo que a sociedade está afogada em violência. Vejo a violência contra a mulher como um reflexo desse momento extremos de violência em que vivemos em todas as relações e ambientes. Acredito também que com a imprensa divulgando os casos as pessoas criam mais coragem para denunciar a violência contra a mulher, que antes era muito velada. O slogan da nossa campanha é ‘Eu meto a colher sim”, porque a violência contra a mulher não é uma coisa do casal, é um problema da sociedade e que deve ser combatida por todos nós. Todos podem e devem denunciar casos de violência contra a mulher”, afirmou.

Ana Patrícia Dantas Leão

A vice-presidente da OAB-BA, Ana Patrícia Dantas Leão, participou da caminhada. “Estamos num período de ativismo no combate à violência contra a mulher. Então é importante que a OAB-BA participe, mostre para a sociedade o trabalho que vem realizando e motive mulheres e homens a participarem dessa luta. Uma sociedade que se respeita é uma sociedade que tem mulheres respeitadas, valorizadas e sem violência. Então, vamos respeitar as mulheres e vamos ter realmente um estado democrático de direito para todos, sem exclusão e sem violência”, ressaltou.

Maíra Santana Vida

“Na verdade, com esse apoio, a OAB-BA se reconecta com a sua origem, enquanto entidade de sociedade civil, abraçando as grandes causas da sociedade. Como a Ordem já tem uma legitimidade junto à sociedade e também é reconhecida por suas iniciativas e ações em prol das liberdades, das garantias, dos direitos e do combate a toda forma de discriminação e, naturalmente, de violências, a gente percebe que a presença da OAB acaba dando não só uma garantia orientativa, do ponto de vista jurídico, mas também um reforço corporativo. Fico muito feliz, como conselheira estadual, como mulher negra que tem uma militância de um movimento social e político anterior à Ordem, de perceber que a entidade de classe que eu integro está interessada em questões que se comunicam diretamente com o exercício da cidadania. A gente fala do exercício da profissão, compreendendo que ele está inserido, antes de tudo, no exercício da cidadania. A OAB tem assumido o seu papel e a sua vocação principal”, disse a conselheira seccional Maíra Santana Vida (OAB-BA 33.243).

Marilda Sampaio de Miranda Santana

“É muito importante que nós participemos de movimentos como esse para fortalecer a causa. Nós mulheres temos que estar unidades no sentimento de humanidade em relação à outra. Não só pela questão da sororidade, propriamente dita, mas eu diria que até dororidade. É preciso se colocar no lugar do outro sempre, em todas as circunstâncias. É preciso que a gente entenda que a violência contra a mulher hoje é uma questão de saúde pública. Além da legislação que já existe em prol do combate à violência contra a mulher, a gente precisa de políticas públicas mais sérias voltadas para a mulher. Hoje, as mulheres são 52% do eleitorado brasileiro. Hoje, 52% das mulheres mantém os seus lares. É preciso que todos tenham atenção porque as mulheres estão sendo mortas e isso por questão de gênero”, destacou a secretária-geral da OAB-BA, Marilda Sampaio de Miranda Santana.

“A comissão de responsabilidade social da OAB encabeçou o movimento dentro da Ordem, que prontamente contou com adesão das demais comissões, e consolidou parceria com o Grupo Mulheres do Brasil, prometendo novas iniciativas conjuntas de sucesso como essa. Ponto extremamente positivo para a OAB e o Grupo Mulheres do Brasil ao promover a caminhada, que contou com o apoio da CAAB. Houve mobilização do poder público e da sociedade, reunindo mulheres e homens, de todas as idades, que se vestiram de laranja, cor eleita pela ONU na campanha pelo fim da violência de gênero”, disse a conselheira seccional Roberta Casali Bahia Damis,

Clécio Max – Texto e fotos